Sejam bem vindos ao meu universo...

Sejam bem vindos ao meu universo...

quarta-feira, 14 de setembro de 2011

Não apague nossas lembranças


Nome:Não apague nossas lembranças!

por cristalmartins em 1/02/11
Não apague nossas lembranças!

CAPITULO 1
Aqui estou eu debruçada sobre o parapeito da janela, meus dedos brincam com o anel que ele havia me dado, mas meus olhos miram aquele céu azul-escuro coberto por estrelas, no entanto minha mente não está presente para poder se maravilhar com aquela esta vista, é como se meu corpo estivesse desintegrado, e cada parte dele se encontrava em lugares distintos. 10, 9 , 8 , a contagem regressiva começava , 7, 6 , 5, 4, 3, 2, 1. o céu antes coberto por estrelas dava lugar agora a fogos de artifícios, vermelhos, verdes, amarelos, brancos, o céu esboçava todas as cores que se podia imaginar. Eu posso ouvir as pessoas se alegrando e falando : “ Feliz ano novo”.
- Feliz Aniversário Lara, Feliz 22 anos – falei para mim mesma na esperança de que outra pessoa o havia dito, mas eu estava sozinha naquele quarto de hotel.
Continuei a fintar o céu colorido, mas um movimento inesperado de minhas mãos me fez prender a respiração, olho lentamente para baixo e vejo o meu anel cair lentamente, ele havia escapado de meus dedos e agora sumia da minha vista.
- Não – gritei como se aquilo impedisse o anel de cair, eu não o posso perder. Fui correndo para a porta, a abri e sai em direção ao elevador, ele por sorte chegou rápido, parei no térreo, não descansaria até achar o anel.
Infelizmente a neve cobria a calçada com uma espessura de 10 cm, o anel havia caído ali, tinha que estar ali.
Me ajoelhei no meio da calçada por onde muitas pessoas estavam passando, eram muitas as lagrimas que saiam do meu olho me dificultando a busca.
Afundei minha mão na neve e comecei a remexê-la, tinha de estar ali. Meus olhos farejavam ferozmente o lugar, “onde estaria?” Minha mão se perdia dentro da neve, estava sem luvas para ter mais sensibilidade, mas isso fazia com que cada centímetro de minha mão congelasse me trazendo uma dor imensa, mas nada comparada a dor que meu coração estava sentindo.
- Posso te ajudar senhorita? – ouvi a voz de um homem, não era parecida com a voz do homem que eu amava, mas do mesmo jeito meu coração por um segundo se encheu de esperança, depois de ver que aquele que me dirigia a palavra era um estranho, meu coração parecia que estava precisando de mais sangue para poder funcionar, qualquer hora pararia.
- A, é que eu consegui perder meu anel por aqui e não consigo encontrá-lo – disse tentando controlar as lágrimas que não me deixavam em paz. – que tola eu sou – completei com um sorriso idiota, eu estava coberta por uma incrível tristeza, não conseguiria dar ao homem um sorriso sincero, por isso minha face só conseguiu se expressar em um meio sorriso, um sorriso idiota.
O homem que até então era um estranho para mim, se ajoelhou ao meu lado e me ajudou a procurar.
- Muito obrigada Senhor – chamei-o de Senhor, mas ele não era velho, parecia ter a minha idade, não a idade que eu tinha no dia de ontem, mas a que eu tinha agora.
- Nada melhor do que começar o ano fazendo uma boa ação á uma moça tão bonita, Feliz Ano novo para você. – disse ele não parando de tatear a neve na procura de meu pertence.
- Feliz Ano novo para o senhor também.- então no meio daquela procura ele pousou sua mão sobre a minha.
- Você está sozinha? – no mesmo instante recolhi minha mão para perto de mim, aquela ação me assustou, o que ele queria de mim.
- Ela não está sozinha, esta comigo. – Eu não conseguia acreditar, era aquela voz doce, a voz do homem que eu amava, eu então lentamente levanto meu olhar que estava impregnado na neve e primeiramente me deparo com uma bota preta de couro, vou subindo lentamente o olhar e vejo uma calça preta justa com várias correntes presas, um cinto preto, uma camiseta vermelha coberta por uma jaqueta preta que estava embaixo de um sobretudo preto, depois me deparei com uma face que continha um olhar marcante, amendoado, maquiado, penetrante, cortante. Era ele. 

_______________________
sempre a minha salvação <3

CAPITULO 2
O anel já havia sido esquecido.
- Você está com esse moço senhorita? – diz o homem se levantando do chão e olhando para mim, mas meus olhos estavam perdidos em quem eu acabara de encontrar, minha boca congelara junto com minhas mãos, eu não me mexo, tento mas não saiu do lugar. Ficamos ali por uns 3 minutos em um silencio torturante.
- Sim, ela está comigo. – Ele então se aproxima de mim, pega no meu braço e me ergue do chão. Sentir seu toque, como eu queria sentir seu toque, nada ainda saia de minha boca, eu estou tremendo, não de frio, eu estou com medo. “Lara fale algo” eu pensava, mas era como gritar com um surdo.
Olho paro o homem que havia me ajudado, ele já havia dado as costas para a gente, e continuava andar, sem olhar para traz. Bill então depois de me levantar me ajuda a andar, meu joelho estava congelado por causa do frio e por eu estar ajoelhada na neve. Ele me leva para o meu quarto no hotel, lugar no qual ele conhecia e muito bem.
Depois de nós dois estarmos no quarto, consegui pronunciar algumas palavras.
- O que você está fazendo aqui?
- Feliz aniversário Lara – diz ele me olhando. Feliz Aniversário? Por causa dele, aquele aniversário estava sendo o pior da minha vida.
- Você não veio aqui me desejar feliz aniversário somente. Á quanto tempo estava lá embaixo me observando?
- Desde antes de o homem vir te ajudar, eu estava lá te olhando, e você nem reparou – Senti um arrepio percorrer meu corpo, ele estava lá por tanto tempo e eu nem tinha percebido.
- Você é cruel, você realmente deve me odiar muito para me fazer sofrer tanto – eu disse aquilo, nem sabia como, mas pude reparar no como os olhos deles se arregalaram, o como sua cara ficou assustada, mas depois voltou para a expressão de tristeza.
- Eu vim aqui para conversar com você Lara, eu tenho que lhe dizer umas coisas. – meu sangue nesse momento esquentou.
- Me dizer umas coisas? Eu acho que já ouvi o bastante de você no hospital Bill, não quero ouvir mais nada – disse aos berros entre lágrimas que depois de uma pequena pausa haviam voltado a rolar em minha face.

CAPITULO 3
Flash back on
Aqui estou eu, andando de mãos dadas com Bill Kaulitz pela rua, no dia anterior havia feito 4 meses que nós havíamos começado a namorar, estou tão feliz, era fã dele desde meus 16 anos, já tenho 21 , ontem foi Natal, e foi perfeito, passamos só nós dois, aqui no Canadá, eles está aqui para descansar e eu o acompanho, sou modelo, nos conhecemos em uma festa, a melhor festa de toda minha vida. Mas infelizmente não estamos hospedados no mesmo hotel, como a produção inteira dele está hospedado em um hotel, lá não havia mais vagas para ninguém.
Fico a balançar a mão que nos uni, parecemos duas crianças andando.
- Bill eu te amo – falei naquele momento, no meio da rua, no meio de todos, já havia falado muitas vezes isso, e falaria mais outras muitas. Estávamos a pouco tempo juntos, mas nos amávamos, isso era certo.
- Eu também te amo Lara, você é o meu anjo. – não importa a quem quisesse assistir, uma força maior me impulsionou para os braços dele e eu lhe dei um beijo, e ficamos ali a nos beijar docemente, amorosamente.
- Espere um segundo aqui Lara.
- Okay – fiquei então a esperá-lo na rua, ele havia entrado em uma loja de bolsas, precisava comprar uma nova.
Olhei então para a neve que caia, agradecendo a Deus a felicidade que me fora concebida. Até que fui repreendida. Uma mulher chegara por traz de mim, subitamente e silenciosamente ,me deixando totalmente imóvel, estava com uma faca em mãos, apoiou a faca em meu pescoço.
- Você roubou Bill Kaulitz de mim sua vadia, eu vou te matar.
Ao sentir a faca gelada encostada em meu pescoço sinto uma adrenalina invadir meu corpo, estava com muito medo.
-Moça, o que eu lhe fiz?
- Cala a boca, eu vou te matar vadia.
Nesse momento olho para frente, Bill estava parado, imóvel, as sacolas estavam no chão, provavelmente ele não tinha força para segurá-las. Senti a faca se aprofundando em meu pescoço então antes de desmaiar gritei:
- Bill, não olhe para mim, feche os olhos – Mas aqueles grandes e apavorados olhos não se mexiam, depois, antes de desmaiar só pude sentir meu sangue escorrendo pelas minhas costas, apesar do frio do lugar meu sangue estava quente. 
Acordei no hospital, abri os olhos, senti uma dor vinda do meu pescoço, e assim me lembrei do que me sucedera.
-Eu estou viva! – exclamei.
- Vivíssima, aquela fã louca não pegou nenhuma veia importante, ou algo que pudesse lhe comprometer a vida. – ouvi uma enfermeira que soubera do ocorrido dizer. – Mas infelizmente, você ficará com uma cicatriz.
- Não me importo, o importante é que eu estou viva – percorri meus olhos pelo quarto, ele não estava ali.
Fiquei mais três dias no hospital, tive que tomar um pouco de soro, estava um pouco debilitada, nos dois primeiros dias ele não aparecera, não havia dado sinal de vida. Meus pensamentos estavam perdidos “o que aconteceu com ele?” Por mais que eu perguntasse as pessoas que me visitavam, elas não sabiam me responder. Mas no último dia ele apareceu, entrou pela porta e eu o recebi com o maior e mais sincero sorriso.
- Bill, que bom que você veio – os olhos dele estavam baixos, ao ouvir minha voz ele olhou para mim, mas seu olhar pousou no curativo de meu pescoço, fazendo o ficar apavorado, então voltou a baixar o rosto, ele não olhava mais em minha direção.
- Lara eu vim aqui falar que está tudo acabado entre a gente.
- Que fofo você, fazendo brincadeirinhas idiotas até quando eu me encontro nessa situação – não sei o porquê, mas eu não havia acreditado no que ele havia dito, estava crente que era uma brincadeira.
- Não é fofo Lara, não é brincadeira, eu nunca mais quero voltar a te ver, só vim aqui para te dizer isso, não me procure mais, finja que eu nunca fiz parte da sua vida, apague todas as lembranças, eu nunca existi para você, como você também nunca existiu para mim. – Ele disse isso friamente, e mais friamente aquelas palavras invadiram meu corpo, quanto mais eu ouvia, mais vazia eu me encontrava, ele estava me matando com palavras. Lágrimas geladas percorrem minha face estática. Nada foi pronunciado, a magoa e a dor se alojaram em meu coração, meu olho acompanhou ele sair e depois se fechou, pensei que nunca mais voltaria a abri-los.
Flash back off

CAPITULO 4
- Lara – ele então se aproxima de mim, aproximando sua mão de minha face, sentir a mão dele me acariciando era como voltar a um passado nada distante. Não sei de onde tirei tal força mas dei dois passos para traz afastando aquela mão gelada de meu rosto.
- Não preciso da sua pena Bill, eu já entendi o recado, você não precisa ter pena de mim, eu estou ótima.
- Não Lara, deixe-me falar.
- Para Bill, eu não quero saber, você acha que eu fiquei tão arrasada assim, você me deu um chute quando eu precisei da sua companhia, não quero obrigar você a ficar com quem você não ama.
- Mas eu te amo Lara.

- Cala a boca Bill, você não me ama, diz isso por pena – Eu estava gritando, como ele podia brincar com meus sentimentos de tal forma? Quatro dias a traz ele dissera para mim esquecê-lo, agora estava a dizer que me amava? Ele estava com pena, alguém deve ter dito a ele o quão acabada eu fiquei depois do chute, o quão muitas vezes pensei em me suicidar, mas colocava a cabeça no lugar, o quanto minhas lagrimas me deixaram cega, o quão aquela maldita cicatriz me abaixou a auto-estima. Ele simplesmente deve ter se sentindo culpado pela cicatriz e por pena resolveu se reconciliar comigo, para aliviar o peso da consciência.

- Lara me escuta.
- Vai embora Bill saia daqui! – como ele conseguia ser tão cruel? 
- Eu não vou embora até você me ouvir Lara, não saio daqui – a voz dele estava tremula, ele estava a chorar, pela sua cara abatida se percebia que estava a chorar antes de chegar ali. Eu percebi que não tinha escolha, ele não iria embora, eu escutaria, mas não acreditaria em nada que ele ousasse dizer, meu coração estava despedaçado, e não tinha como restituí-lo.

- Seja breve. – disse friamente olhando para a parede, não conseguia ter um contato visual com ele.
- Olhe para mim Lara, eu vou ser totalmente sincero com você – ele buscou o meu olhar, se aproximou, estava com as mãos no meu ombro, eu não tinha mais força para me afastar, então olhei bem profundamente em seus olhos, aqueles lindos olhos – No momento em que eu vi aquela faca em seu pescoço – fez uma pausa e olhou para meu pescoço encontrando assim uma terrível cicatriz, isso me deixou insegura, tentei me afastar dele, mas ele não deixou, então continuou, ainda estava com a voz tremula e chorando – eu não tive reação, estava com tanto medo de te perder, eu achei que iria morrer ali mesmo, quando eu vi aquela faca e em seguida aquele sangue saindo de você pensei que nunca mais fosse sentir seu calor, me senti tão impotente, a sorte é que pessoas que estavam na rua seguraram aquela louca e chamaram uma ambulância, eu ficava a te olhar parado, você parecia morta, estava morrendo de medo de chegar perto de você e sentir um corpo frio e sem alma, depois te acompanhei até o hospital e não sai mais dali, mas não tive coragem de entrar no seu quarto, era totalmente minha culpa por você estar naquele estado.

Ele então fez uma pausa, as lagrimas estavam descontroladas, ele olhou para o chão depois voltou seu olhar para mim e continuou a falar.

- Eu não pude te proteger, me senti tão culpado, você não merece alguém que não pode te proteger, você merece alguém melhor, você passou por tudo isso por minha causa e eu não pude fazer nada, então achei que a melhor saída era me afastar de você, você estaria mais segura longe de mim.
Eu não me agüentei, minhas pernas estavam bambas, então eu cai de joelhos, apoiei minhas mãos no chão e comecei a chorar que nem um bebê.
Ele se agachou, e ainda chorando muito continuou a dizer.

- Mas eu não consegui Lara, não consegui apagar você da minha mente, expulsar você dos meus sonhos, arrancar você do meu coração, eu te amo, amo muito mais do que eu pensava, eu respiro para continuar a viver e poder te ver, sem você eu não tenho motivos para continuar Lara, eu preciso de você ao meu lado sempre, me perdoe, eu sou um fraco que além de não conseguir te proteger dependo totalmente de você.

Eu não conseguia falar nada, as únicas coisas que saiam de minha garganta eram o meu choro que não cessava, meu coração estava a berrar : “ eu te amo, amo mais a você que a mim mesma” , mas ele não podia escutar. 
Envoltos naquele silencio, ele se levantou, parecia que a qualquer momento ia despedaçar, parecia que a cada passo que dava era mais difícil continuar, estava com uma respiração pesada e ofegante, foi caminhando em direção a porta.
Não sei de onde eu tirei tanta força, mas rapidamente levantei e o abracei por traz.
- Eu te amo, fique aqui comigo para sempre, se eu não tenho você ao meu lado parece que estou a respirar chumbo, parece que estou morta, eu morro toda vez que você não esta comigo. Sou uma idiota, a palavra eu te amo parece não comportar todo o significado do meu sentimento. 
Ele então se vira para mim, nós dois em meio aquele drama abrimos um grande sorriso, em meio a tanta escuridão aparecera uma luz, em meio a tanto choro podia se ouvir uma risada, não havia mais nada o que se dizer, agora era a vez da ação, nós dois então aproximamos nossa face e como se fosse a primeira e a última vez nos beijamos.

FIM!.

Nenhum comentário:

Postar um comentário